domingo, 2 de dezembro de 2012

DITADURA DA MÍDIA

Recebi do amigo Norberto Passos, por e-mail, essa história com a qual concordo em partes, só discordo pela concepção que se pode fazer pelo que pode ser "melhor" que o texto traz, e que não é verdade só no nome da matéria, que não deveria ser "Obsessão pelo melhor", mas "Obsessão do que querem fazer você ver como melhor", pois no final vemos o que realmente é o "melhor"...


A OBSESSÃO PELO MELHOR
Leila Ferreira
 
Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em comunicação em Londres, que optou por viver uma vida mais simples, em Belo Horizonte
 
Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?
 
 
Sofremos demais pelo pouco que nos falta
e alegramo-nos pouco pelo muito que temos.
Shakespeare

6 comentários:

  1. e ai amaurih bom dia !!!! belo texto,!!!!interessante observar,essa parceria midia,e capitalismo,execendo uma lavagem cerebral em nos, menos em vc acredito eu que parace aquels comunistas cubanos,com idealismos utrapassados,é só olhar pra sua cara.
    naquelas ondas de tribos,nos anos 70 e 80 qual vc pertencia!!!kkkkkk???????

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  2. Quer dizer que você aprova o que chama de "lavagam Cerebral" que a mídia faz com as pessoas, e que as pessoas que não aprovam são idealistas ultrapassados?

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    1. relacha amaurih toda vez que veio aqui vc vem com tres pedras na mao, te fiz uma pergunta que tribo vc fez parte nos anos 80 e 70???????
      ja em relação a aprovar a chamada lavagem serebral logico que não,

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  3. Você me conhece heim "rarara", e está louco(a) para arranjar algum motivo para denegrir a minha moral visando desqualificar o que escrevo, seja mais claro(a), diga o que você quer saber, que eu faço questão de esclarecer, afinal eu prefiro mesmo que fique tudo às claras, assim você e vocês não vão poder distorcer como estão acostumados...

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    1. perguntas a vc realmente nãotenho só estou comentando e tantando falar sobre o tema do seu texto mas vc quer falar de outra coisa , pela terceira vezque tribo vc fasia parte nos anos 70 e 80?:??????????

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  4. Tribo? Do que você está falando? Eu tenho descendência dos Guaianás da região de Araraquara, mas não creio que seja sobre isso que esteja querendo saber.

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