CARTA ABERTA AO POVO PERDOENSE

A professora Zuleide postou esta carta no Facebook que eu publico para que os que porventura não tenham acesso à rede social também tome conhecimento do seu teor:

Caros Amigos e Amigas,

Os acontecimentos verificados nos últimos dias nos mostram que estamos nos tornando agentes de nosso destino, o que é muito bom.
Mostra também que, pelo longo tempo que permitimos que outros, nem sempre bem intencionados, decidiram por nós, muita coisa terá de ser mudada para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária.
O início deste processo a que estamos assistindo faz que muitos reforcem as esperanças de um futuro melhor e, melhor ainda, que outros que já não tinham esperança, voltem a olhar para o futuro com otimismo.
Porém entendo que o grande número de demandas reprimidas, com o consequente e compreensível extravasamento, pode fazer com que percamos o foco, o que seria conveniente para quem sempre tomou as decisões, levando-nos à situação atual.
Entendo também que muitas reivindicações são mais que justas e, portanto, mais que urgentes, mas a nossa união pelo objetivo, nos levará ao triunfo.
Assim, no meu entender, devemos priorizar as reivindicações, de tal modo a centrar fogo em cada uma delas, não correndo o risco de nos dispersarmos.
Uma delas, certamente tão importante quanto outras, é a questão do transporte público (não apenas urbano).
Deste modo proponho que se inicie uma ampla discussão, que certamente passará pela Câmara Municipal, a fim de que se abra esta caixa preta.
Entendo também que deveremos cobrar a participação dos vereadores, quem sabe até com a criação de uma Comissão de Inquérito , com o objetivo não só de discutir o valor da tarifa, mas os critérios para definição de quem serão os prestadores do serviço, detalhamento claro do serviço a ser prestado, estipulação de itinerários e horários com base nas necessidades da população, abertura da planilha de custos, etc..
Sabem por que? Porque não sabemos se tudo isto foi levado em conta no contrato que existe hoje, aliás, como será este contrato? Será que ele existe mesmo? Se existir, será que é o melhor para a população?
Que tal se pedíssemos para que nos seja mostrado? Afinal, se existe, ele não foi assinado por alguém em nosso nome?
E este “alguém”, não queremos saber quem é?
Existem meios para isto. Um abaixo assinado com 1% dos eleitores é capaz de fazer mudar de idéia vereadores que eventualmente não estejam conosco, além de ser um ótimo exercício para nossa memória.
Estou, como sempre estive, confiante que iremos mudar nossa realidade, com união e esclarecimento.
A continuidade da mobilização fará com que participemos, cada vez mais, das decisões sobre nosso futuro, de nossos filhos e netos.
Não temos o direito de legar a eles um futuro igual ao que tivemos.