PARABÉNS JOANÓPOLIS - 134 ANOS (24 de junho)
NOSSA ANTIGA SÃO JOÃO DO CURRALINHO EM 1900.
Valter Cassalho
Se compararmos com o cálice de uma rosa a serrania que a circunda, di-la-emos UMA ROSA AGRESTE. Mas Joanópolis tem uma história, que começa quando Anselmo Caparica, tendo nas mãos a ganga que Luiz Figueiredo e João Baptista Nogueira haviam garimpado nestas alturas, escreve no papel a carta de uma cidade. Alguma coisa cintilou então, no centro do rude achado. Era um belo diamante, que os anos fizeram chegar até nós, como uma dádiva do céu. E quando, cedendo à força inelutável do destino, as mãos habilidosas de algum artista a facetaram para a libertação da sua beleza enclausurada, então, Joanópolis, com o seu natural engaste de esmeralda, será aquilo que vive no escrínio de nossos anelos: A JÓIA DA MANTIQUEIRA. (Folha de Joanópolis – junho/1954-dr. Jayme Candelária).
MINHA TERRA
A terra em que nasci, tão pequenina,
Fê-la Deus no sopé da Mantiqueira,
Para espelhar, no encanto que a domina,
Os feitiços da alma brasileira.
Terra bendita! O céu, que a ilumina,
Tem mais azul; sua gente é hospitaleira,
Enquanto, em febre, o coração ensina
Que devo amá-la pela vida inteira.
Ao seu enlevo, ébrio de carinho,
Sonhos eu tive de menino pobre,
Entre todas as festas do meu ninho.
Orgulhoso e feliz de sua história.
Quantos anos eu viva, hei de ser nobre,
Para honrá-la na dor como na glória!
( autor o joanopolense Narciso de Souza Ribas - ganhador do 7. concurso Nacional de Poesia - 1994)
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