O PERIGO DA DISTORÇÃO

Não estava ouvindo a rádio, só peguei o finalzinho, e o que peguei não foi suficiente para saber, no todo, os comentários do Sleidy sobre o caso da Comissão Processante que tramita na Câmara, uma pessoa que me ligou para comentar sobre o assunto me disse que o radialista emitiu as suas considerações pessoais sobre o caso e chegou a dizer que "o prefeito estaria sendo punido porque estava querendo limpar e desassorear o Rio".

Infelizmente eu não estava ouvindo a rádio para fazer qualquer juízo, mas como a história nos chegou dessa maneira, o presidente Luiz Manoel da Silva Escudeiro, o Biel, oficiou à rádio para que ela enviasse à Câmara a gravação do programa em questão, para ter ciência dos termos em que o assunto foi comentado, aproveitando também para solicitar um direito de resposta caso o comentário tenha sido feito nos termos citados.

Isso porquê?

Porque dependendo do interesse de quem comenta e da forma como se coloca as coisas, os fatos podem aparecer distorcidos. Se o radialista usou os termos que nos foram passados, ele emitiu a sua opinião, omitindo dados importantes, deixando parecer que a Câmara estaria querendo processar o prefeito por ele estar fazendo uma ação positiva, limpar e desassorear o Rio. Ele mesmo (o radialista) como comentou, sabe que o motivo do processo não é pela limpeza e desassoreamento do Rio, apesar de ser uma ação inócua, e sim pela maneira como foi contratada a empresa para realizar esse trabalho, em que termos e com que tipo de licenciamentos e circunstâncias.

Informação ou desinformação?

Não é de hoje que temos discutido aqui o prejuízo e os transtornos que a mentira e que as informações distorcidas provocam na sociedade, e o ideal de todos os meios de comunicação, deveria ser o de informar sobre a verdade dos fatos e não em esconder ou omitir informações que podem descaracterizar completamente o que está acontecendo na realidade.

Resposta da Rádio

A Rádio através de ofício assinado pelo diretor de comunicação, Sleidy Prestes Marques da Silva, negou atendimento à Câmara sobre o pedido de cópia do programa, alegando que não tem fundamentos legais para tal atendimento. Negando também ao direito de resposta afirmando que não foi imputada "qualquer crítica ao presidente e nem à edilidade que o(sic) Preside" e que caso fosse procedente tal crítica, caberia ao presidente da Comissão Processante o direito de resposta, além disso comentou que ele fala na rádio e as pessoas distorcem o que ele fala, e passam para as pessoas a informação distorcida.

Distorção houve!
Pode ter havido a distorção quando passaram que no programa o senhor Sleidy comentou naqueles termos,  ou houve distorção do senhor Sleidy quando fez os seus comentários sobre a matéria. Onde se encontra a distorção? Quando a Câmara solicitou a gravação do programa, toda a programação da Rádio Comunitária tem que ser gravada, exatamente para esses casos, era para realmente saber qual a informação distorcida, a do Rádio ou a do ouvinte? Negando a gravação o diretor de comunicação da Rádio está negando informação importante que pode mostrar onde a distorção está nascendo.

Resta saber:
Quem está distorcendo? O ouvinte ou a Rádio?

Com a palavra os ouvintes da Sintonia.