O PRESENTE E O FUTURO DA PALAVRA SEMEADA

A liturgia desse domingo foi baseada na parábola que mostra a Palavra como uma semente a ser constantemente plantada no coração do homem, como o grão de mostarda que é o menor de todas as sementes da terra, mas que ao ser semeado torna se um arbusto que dá abrigo para as aves do céu.
No texto da catequese o padre José Luiz Gonzaga cita as formas que estamos semeando, e comenta sobre o trabalho que é realizado na mídia, programas espetaculosos em busca da maior audiência, em que ocorre uma inversão de sentido da experiência religiosa, que passa a ser vista como algo que oferece bem estar interior, cura de males, sucesso  e principalmente diversão, espetáculo. Ao final ninguém se sente responsável por corrigir o que está errado na sociedade, na qual podem conviver muita religiosidade e muita criminalidade, "busca de Deus ao lado da injustiça".
Complementa: Eucaristia não pode ser show, não pode ser espetáculo. É celebrar e alimentar-se da entrega que Jesus faz de si mesmo à morte para nos livrar. É junto Dele, na humildade dos pequenos sinais que podemos demonstrar que apesar da obscuridade do dia-a-dia, somos sustentados por aquele que nos faz brotar, crescer e frutificar e que em troca temos que oferecer o melhor abrigo.


PRESENTE E FUTURO
Saindo da Missa nas conversas da praça sempre aparecem os assunto que tocam a sociedade no momento e é claro, a política hoje é a mais importante. Mesmo para provocar, perguntei a um cidadão se ele adivinhava o que eu havia pedido ao Bom Jesus na Missa, é claro que ele não sabia então eu disse ---Pedi que Ele ilumine a cabeça dos nossos políticos para que pensassem mais na cidade do que nas questões pessoais. Então ele retrucou que Deus não se envolve em política, Ele fica fora dessa discussão, nisso ele não se mete...
Como assim?
Foi aí que eu percebi o quanto a política está distorcida, não como ciência lógica, mas no imaginário do homem comum, do eleitor, que alijou Deus da política, deixando o campo livre para todo o tipo de iniquidade, desonestidade, maracutaia...

Se o eleitor pensa assim, ele vai ter que mudar o seu modo de pensar, pois é um modo equivocado que está permitindo que pessoas sem Deus tomem conta da cidade, que pessoas sem compromisso com a verdade ganhem espaço de poder e dominem os destinos de todos nós.

Se o eleitor não atentar para isso, estarão colaborando para nos afundar no lixo, na lama, numa fossa sem fundo... E mais... Não estará ajudando a semear a Palavra.

Ou queremos, mesmo, a sociedade sendo comandada sem Deus???