segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

QUARESMA

Nos antigamente minha mãe cobria o rádio, não havia televisão, pelo menos na minha casa, assim que começava a quaresma, e por quarenta dias o mundo mergulhava na tradição religiosa...

Peguei um texto ao qual cheguei através da página do Facebook da amiga Rosângela:


Momento para descobrir que o amor é possível
dEm poucos dias, na Quarta-feira de Cinzas, começaremos um período litúrgico importante da nossa fé católica: a Quaresma.
O tempo da Quaresma, eminentemente penitencial, em preparação para a Páscoa, é o propício momento em que todos nós, fieis batizados, somos convidados a intensificar a vida de oração, penitência e caridade, com realce especial ao jejum e à abstinência.
Contudo, só se compreende a Quaresma através do olhar de um Deus que se encarna, morre e ressuscita por amor a cada um de nós.
Isto mesmo, Deus mergulha na epopeia e tragédia da vida humana para nos resgatar das correntes do pecado e dar-nos a vida eterna.
A Quaresma está intimamente conectada com o desejo de felicidade e infinito, latentes em cada coração humano.
Sem ela não se entende o ser cristão, sem ela não se entendem os mistérios da indigência e da grandeza humana.
Constata-se por muitos espaços da vida humana um mar de tristezas e frustações.
A depressão, segundo dizem, é o mal de nosso século.
Nunca sentimos tanta falta de infinito, e nunca estivemos tão presos  ao passageiro, ao transitório, aquilo que não gera relações humanas, valorizando demasiadamente o virtual e nos esquecendo do real, da dor, das misérias, da pobreza, da violência e das misérias morais que relativizam o belo, o sagrado, gerando a cultura do descartável.
O que impede o coração humano de encontrar a felicidade?
Muitas são as respostas, muitos estudos são apresentados diariamente nos meios de comunicação.
Buscam-se explicações psicológicas, sociais, econômicas, políticas etc.
Mas, são poucos os que chegam ao fundo do problema.
A verdadeira e plena felicidade só será alcançada quando passarmos pela via quaresmal, que é o caminho de purificação e penitência que nos liberta, através da graça, dos grilhões do pecado.
O pecado é o maior obstáculo.
Infelizmente, estamos imersos numa cultura que o comercializa.
O mais triste é que buscando a felicidade, a humanidade parece afundar-se cada vez mais no lodo e morre sufocada pelo veneno do pecado, que destroi almas e sonhos.
E é a própria sociedade que promove esse tipo de vida, se questiona dos porquês dessas realidades que contaminam o orbe sem se importar com as condições econômicas ou sociais das pessoas.
A maior alienação é a incapacidade de perceber o quanto o ser humano se quebra quando se entrega ao pecado.
Existe uma desintegração espiritual que se manifesta na sociedade e prolifera em estruturas.
Ele nasce pessoal e, em proporção com a matéria, gravidade e circunstâncias, gera o mal social.
O reconhecimento de nossas misérias e fraquezas diárias é o primeiro passo para o encontro profundo consigo mesmo e com Deus.
O pecado é a desintegração da nossa natureza e aliena nossa vida da realidade eterna a qual todos nós somos chamados.
A penitência não é masoquismo, mas reconhecer de modo concreto e visível a nossa indigência e necessidade.
Ela nos coloca no caminho do perdão, que é o resgate da unidade perdida pelo mal.

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