quarta-feira, 15 de outubro de 2014

EDUCAÇÃO - QUANTO PIOR MELHOR

Um leitor comentou na postagem que homenageia os professores e eu trago para frente para provocar um debate:

Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire

Sou fã incondicional do grande pensador Paulo Freire, e acho que já passou da hora de discutir o que vimos repensando, e repensando, e repensando, e não deixando que esses repensamentos cheguem a ameaçar interferir para que os rumos da educação sejam os que queremos e que são necessários.

Eu tenho acompanhado, nesse período conturbado de campanhas eleitorais, o envolvimento da maioria dos professores. E infelizmente não tem como passar despercebido o quanto a influência política ideológica vem sendo perversa para a relação professor/profissão.

A falta de valorização dos professores é resultado de um descontentamento que é mais ideológico e político do que se possa pensar.

Pois é nessa época que conseguimos ver o quanto os professores politizam e deixam politizar as suas  entidades representativas, o que favorece a um círculo vicioso em que representações partidárias lutam por interesses que não são o da Educação, mas de uma luta ideológica que favoreça os candidatos e partidos aos quais pertençam.

Todas as entidades representativas dos professores estão tomadas por lideranças que fazem de tudo para as coisas não deem certo para tirarem proveitos eleitorais ou eleitoreiros.

De quem é a culpa da situação dos professores?


3 comentários:

  1. Não tenho dúvidas de que Brasil está nesta situação, principalmente por falta de educação. Retiraram das mãos dos professores, a melhor arma que os professores tinham para que os alunos os respeitassem e se interessassem em aprender: as notas e as reprovações de ano.

    Acredito que houve esta mudança, por motivos políticos, uma forma de melhorar a classificação de nossos alunos em uma comparação mundial.

    Não deu certo.

    Cabe agora, de forma unida, repensar essa atitude estapafúrdia, e tentar resgatar o respeito e a dignidade de nossos professores, para que novamente, a profissão de professor, seja vista como digna e fonte inspiradora para uma vida feliz em sociedade, com valores bem definidos, e limites bem delineados.

    Parabenizo todos os professores, pelo dia de hoje, e espero que em breve possamos novamente nos orgulhar em dizer: " sou amigo do meu professor "

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  2. Observador você, por algum motivo, está distorcendo, não é a progressão continuada o problema, o problema reside no descontentamento do professor que descobriu na mudança uma forma de dar vazão ao seu descontentamento com o que considerava, falta de valorização. Esse problema vem de um círculo vicioso que começa nos interesses reais das entidades representativas dos professores junto ao Governo. Não sejamos hipócritas, nós sabemos que as lideranças dessas entidades, influentes e ativas, são na grande maioria militantes políticos. O que não impede de que direcionem sua luta para a melhoria da categoria, mas pelo que vemos, o objetivo deles é maior, mais amplo, mais "social", esses consideram que a prioridade é outra, e para atingirem as suas prioridades, o descontentamento do professor é a melhor arma.

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