terça-feira, 28 de outubro de 2014

AULA DE POLÍTICA 2 - ÓDIO X AMOR

Eu até estranhei quando soube de uma declaração do Fenando Henrique pedindo mais amor na disputa eleitoral, ou afirmando que estava faltando isso nas campanhas.

Conhecendo as pessoas envolvidas na política, alguns, políticos, outros gente sem caráter infiltrados na política, a princípio entendi como ingenuidade, apesar de conhecer o ex-presidente a tanto tempo para saber que é um estadista, e que nas características fundamentais para um bom estadista a ingenuidade não pode ter lugar relevante.

Mas vendo as participações das pessoas nas redes sociais, na qual a possibilidade de um pseudo anonimato, (a internet tem meios de se chegar ao autor das postagens, desde que quem as tenha postado não conheça a rede o suficiente para burlar as possíveis buscas por IPs, etc.) oferece a liberdade de soltar os seus sentimentos mais baixos, mostrando também as ações, o caráter e as tendências das pessoas da nossa rede de amizade virtual, algumas que conhecemos só via internet, mas algumas que fazem parte do nosso dia-a-dia, e assistindo os programas jornalísticos da TV, uns mais superficiais outros mais substanciosos, destaco o Jornal da Cultura e após o Roda Viva, que promoveu um debate com cientistas políticos, jornalistas e intelectuais estudiosos e profissionais na análise política, é possível ter uma visão mais abrangente do que aconteceu...

Os responsáveis pelas campanhas que se utilizaram do ódio como estratégia conseguiram melhor êxito no resultado final.

Por isso não devemos nos surpreender com a reação das pessoas com relação ao resultado, é proporcional ao ressentimento semeado no decorrer da campanha que explode numa onda de indignação e inconformismo.

É nítido o sentimento com que algumas pessoas discutem política e demonstram tamanho ódio cego a partidos adversários do que escolheu.

O que me preocupa é que apesar do discurso do ex-presidente Fernando Henrique, que é uma das vítimas desse tipo de campanha que os infiltrados na política se especializaram, além dele José Serra, Marina Silva, e por fim Aécio Neves, esse tipo de campanha no qual se demoniza os inimigos, encontra eco na maioria dos eleitores brasileiros, haja vista o resultado das eleições.

Eu achava que não seria possível identificar o que ou quem pudesse estar por detrás dessa estratégia, e ontem fiquei sabendo que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, em pessoa, nos seus discursos como no comício de Guarulhos, elencou todas as matérias que saíram na internet, criadas por sites anônimos, mas que todos sabem ligados à campanha do seu partido, espalhando notícias sem comprovação, insinuações, fofocas sobre o adversário, incitando um ódio que ele mesmo não tem noção do tamanho e das consequências que esse tipo de campanha possa alcançar. Ele semeia isso no coaração dos seus eleitores, que por sua vez espalham pelo país, um sentimento ou ressentimento que não condiz com a necessidade de união, de diálogo, necessário para uma gestão que traga realmente benefícios para o país e não pelo partido ou pela ideologia do partido, pelo contrário, abre uma fossa que separa os que estão nas bordas dos que chafurdam dentro.

Sem ódios, mas com a constatação dos fatos. Isso porque, apesar das consequências nefastas que esse tipo de maniqueísmo promove no país, a maioria não deseja o mal para ninguém, basta o que naturalmente as pessoas com essa índole vão receber pelos desígnios.

Espero em Deus que as próximas campanhas sejam mais positivas e propositivas e que o povo aprenda a separar e analisar as propostas sem demonizações.

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