MAIS UM CRIME AMBIENTAL

É um crime bem pequeno em relação, por exemplo, ao crime da omissão do poder público em relação às atividades exploradoras, como foi o caso de Mariana, Minas Gerais, mas nem por isso deixa de ser crime, e que poderia, se houvesse interesse das pessoas por detrás do empreendimento, um pouco além dos próprios lucros, formas legais para se contornar, que poderiam favorecer ainda mais à cidade, o que faz com que me sinta da mesma maneira que qualquer dano ambiental, indignado com o que é capaz o homem para obter mais lucros.

Um amigo tirou fotos de um empreendimento da cidade que não se pode dizer que esteja "loteando" um terreno, pois o "loteamento" pressupõe um processo de licenciamento e a reserva de áreas para benefício da coletividade, o que não é o caso desse empreendimento que usa o artifício de realizar um simples "desdobro", baseado em uma lei municipal feita já de propósito para favorecer quem queira comprar terreno, picar e vende sem deixar áreas institucionais ou áreas verdes, que é exigência de "lotamentos" legais.

No caso desse como vemos, no terreno existiam e ainda existem muita vegetação nativa, árvores nobres da nossa flora que para serem retiradas demandava a elaboração de um projeto em que constassem as compensações para tal ato, que se provasse necessário.
Para contornar essa "despesa" o empreendedor (se é que podemos considerar assim pessoas que usam artifícios lucrativos em detrimento da cidade), usa de outro ardil, de outra artimanha para atingir seus objetivos.

Ele favorece a natureza para que ela mesma se encarregue de "limpar" a área:

 E para demonstrar que eles estão conseguindo facilmente atingir os seus objetivos vejam mais estas fotos:

Nada nos resta a não ser parabenizar o "empreendedor" pela astúcia em driblar as leis, já que sabemos, é uma pessoa muito influente junto aos poderes, o suficiente para ter uma consideração de "amizade" que permite que as autoridades competentes, prefiram desperceber os fatos.