sábado, 26 de setembro de 2015

UM CORDEL EM BOM JESUS DOS PERDÕES

Alma penada na Praça
de: Josebias Brito

No dia nove do nove, de 2015
Já passando das três
Fui passear na praça
Repasso a todos vocês.
Já era de madrugada
Quando vi uma alma penada
Se transformando em lobisomem.
Depois, passou a ser serpente
Às vezes igual a gente
Ou algo que não sei o nome.

Ficou se arrastando no chão
Com a cara envergada
Se mexia de um jeito
Com as duas mãos viradas
Os pés cheios de pelos
O corpo coberto de cabelo
Parecia um mistura de fera
Metade serpente, metade pantera
Cobrindo todos os pontos
Que nem sei como conto.

A coisa começou uivar
Chamando a cachorrada
Que logo chegou perto
A praça ficou rodeada
Era mais de mil cadelo
A contagem certa não revelo
Pra não passar por mentira
Eu ali no meio do lote
Com medo do chicote
De fibra de macambira.

Apareceu outra alma
Parecendo um maço de coentro
Eu sem poder correr
Na praça fiquei dentro
Lembrei-me do Pai Nosso
Mas, com o barulho não posso
Rezar essa oração
Resolvi ficar calado
Vendo o piso ficar molhado
Formando uma poça no chão.

Então a tal criatura
Que não sei descrever
Começou a falar comigo
Eu não queria crer
Naquele bicho estranho
Tinha um linguajar fanho
Com fungado no nariz
A coisa era muito feita
Até o corpo se arrepia
Só de olhar na infeliz.

A criatura disse pra mim
Vem pro inferno cidadão
Desculpe, hoje não posso não.
Tenho coisas pra resolver
Outro dia pode ser
Hoje tá complicado
Nem avisei a família
Fica pra outro dia
Desde já, muito obrigado.

A criatura se irritou
Com a minha justificativa
Começou a rosnar
Com os olhos em brasa viva
Queira ou não, você vem com a gente
Respondi educadamente
É que não vai dar não
Se fosse feriado
Eu iria com todo agrado
Visitar sua região.

A coisa pegou-me pelo pescoço
Deu-me um grande empurrão
Entramos pelo chão
Que ali se escancarou
Logo fui conhecer
Qual era o tipo de ser
Que habitava aquela praça
A cachorrada veio junto
Com mais de mil defunto
Era o comboio da desgraça.

Chegando lá encontrei
Com Dema fofoqueiro
Vinício do calote
Com mais dois trambiqueiros
Político tinha um lote
Reparei no Mangote
Pisando chumbo quente
Era tanto desse lado
Achei que o inferno todo
Era só pra essa gente.

Do Senado e do Congresso
Tinha quase toda a corja
De presidente daqui
Perdi até a contagem.
Passei lá o dia inteiro
Contando politiqueiro
No chumbo quente queimando
Era tanto salafrário
Que passei do horário
Que era pra tá voltando.

Depois dessa viagem
Agradeci ao fantasma
Que veio me deixar de carro
Quando me despedi
Ele disse para mim
Que pro inferno eu não iria
Só me levou pra lá
Para eu observar
Quem era o povo que ia.

Disse pra falar pro povo
Que trambiqueiro salafrário
E político enganador
Tem esse destinatário
Todos do petróleo
Que roubaram a nação
Com ação descomedida
Disse pra o meu interesse
Que pra toda essa gente

A passagem é só de ida.

2 comentários:

  1. amarih vc fica todo nervosinho quando se fala q vc entrou encaixado na câmera infelizmente todos os indícios apontam pra isso tantos assessores de impressa o primeiro foi logo a figura aqui de perdoes muita conhecidencia rs

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  2. Nervosinho? Sua maledicência é que irrita as pessoas, afinal você dissimula, mente e calunia para isso, não é mesmo? Só para seu governo, passou naquele concurso quem eles menos queriam, e só aconteceu isso porque na Câmara houve respeito para com os participantes, se houvesse algum favorecimento, como sabemos que houve nos concursos da Prefeitura, durante as gestões do bando que você defende, é certo que passaria qualquer um, menos quem passou, e outra coisa que me irrita é você espelhar sua moral nos outros, do mesmo modus operandi do mentor do seu bando, querer denegrir os seus desafetos, como se nós fossemos da sua laia, e como se eu não tivesse me preparado, durante toda a minha vida, para não precisar de favor de ninguém somente Dele, que é a quem eu devo tudo o que recebo, e saiba, da mesma forma que eu fiz por merecer o que recebo, você e todos do seu tipo, vão também receber o que merecem, pode aguardar. E não é pela justiça dos homens que é facilmente manipulável, é pela outra...

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